terça-feira, 27 de maio de 2008

Corpo de morte



No íntimo, um pecado me atormenta.
Um desígnio profano o alimenta.
Realiza o mal, averso ao pensamento;
Anula o bem que em meu ser intento.

Quem me livrará desse corpo de morte?
Infame, somente ao oculto se reporte,
A luta, no âmago, que a consciência abate
E a virtude gloriosa prostrada nesse embate,

Fenece. Vencida pelo desejo vil;
Ignóbil que me condena,
A morrer e a perder a vida,

Por uma vontade insana que me convida
E ao recusar-me me ordena
A ceder-lhe, e entrar em seu covil.

9 comentários:

Jaya Magalhães disse...

Há tempos você foi dormir, e eu tô aqui, numa insônia, ainda no msn e fazendo uma leitura sem fim dos blogs. Tava lendo uns textos antigos teus. Rs. Você escreve bem demais, rapaz! E tem umas sacadas que me fazem sorrir.

Bom, finalmente post novo em "Amenidades", hein? Fiquei meio travada ao ler. Acho que tomei as palavras pra mim.

E agora, fiquei muda.

Beijo pra você.

Dauri Batisti disse...

Áspero e macio ao mesmo tempo. Fácil e difícil de ler.
Abração.

Darshany L. disse...

gostei

Uma Maria disse...

posso te "linkar" - a mim interessa a metade dos meus 40 e poucos...dobrei o seu e ainda nao me entendi!!
beijo

Unknown disse...

eis aí a cessão àquilo que é anterior a vontade, ao que nos tira o sono.

mil coisas

Unknown disse...

aonde que esse cara arranjou essa banha aih do lado?
...acho q eh montagem.
hehe

...poesia linda.

;*

Anônimo disse...

nossa 'quente' o poema

Anônimo disse...

Profundo...
Delicado...
Um brinde as sensações!

Beijos!

entre-caminhos disse...

Gostei do poema.