quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Saudade




As reações adversas que o texto anterior causou me deixaram bastante contente; sou adepto da teoria: "Está sem ter o que fazer, crie polêmica". E o amor é sempre polêmico.



Por esses dias que estive ausente milhões de assuntos me passaram a mente, mas passaram. A sequência de dias comuns e a cadência de horas sem desespero deixaram-me ausente neste blog.


As vezes sinto saudade de escrever, escrever algo que nunca escrevi. Sempre penso redigir um texto que mereça realmente ser lido, uma nota, um verso, um pensamento humano e trivial. Outras vezes, de forma mais estranha e complexa, sinto falta, até mesmo saudades do amor que nunca tive, dos amores que nunca quis. Uma saudade imensa de tudo que brilha que traz conforto das pessoas mais incríveis dos momentos que vivi nos filmes. Talvez mais falta ainda do tempo imascercível que se foi, irreparável, como todas as oportunidades que se foram com ele. E com ele um pouco de mim que se perde a todo dia, quando encontra outro de mim, no próximo minuto. E que se encontra e que se perde de novo. Sinto uma saudade análoga a saudade, uma esperança, uma vontade, quase uma inquietude.


Gosto de estar inquieto, por muitas vezes e do sabor do desassossego.




Acho que lerei mais; acho que vou amar de novo.