Hoje sei a razão de Casimiro sentir tantas saudades da aurora de sua vida, de sua infância querida que os anos levaram e nunca trarão mais. Eram tempos ditosos, de eternos mimos, sem as muitas preocupações de hoje. A vida seguia o curso manso de um rio tênue e desaguava na lagoa finita das vicissitudes pueris.
Quem sobreviveu à crise interminável da adolescência e os súbitos suicidas da puberdade haveria de encarar as preliminares da vida adulta – a juventude – como a volta dos anos serenos de outrora. Mas há sempre surpresas.
As mágoas de agora, como as conhecemos e nos impõem – a necessidade do sustento e a ganância pelo dinheiro, as futilidades de uma noite dançante, a busca incessante do eterno amor, e as pacatas disputas de um cotidiano que vai durar muito ainda - declaram que algo mudou. O barulho das guerras, e o desemprego. A morte e a paternidade. A crise aérea e a corrupção. Os palestinos e os skinheads. A moda e a nudez. As contas e as compras. Ai que saudades.
Quem nunca colheu mangas ou repousou à sombra das bananeiras haverá de comprá-las agora. Escolher os melhores frutos e dá-los aos filhos; do suor recém descoberto, da labuta ainda em face aprendizagem. São novas tardes, raramente fagueiras; os céus continuam lindos, nas noites insones e as manhãs, mais curtas, nos despertam ainda cheios de manhas.
O mar é de ressaca, o céu um manto poluído, o mundo uma oportunidade dourada, e a vida um hino de amor – a ser entoado. E é preciso olhá-los com desvelo e ao futuro com simpatia.
E então quando em questionamento, nos surgir a dúvida sobre qual FOI o melhor ano de nossa vida, pensemos em 2008.
Quem sobreviveu à crise interminável da adolescência e os súbitos suicidas da puberdade haveria de encarar as preliminares da vida adulta – a juventude – como a volta dos anos serenos de outrora. Mas há sempre surpresas.
As mágoas de agora, como as conhecemos e nos impõem – a necessidade do sustento e a ganância pelo dinheiro, as futilidades de uma noite dançante, a busca incessante do eterno amor, e as pacatas disputas de um cotidiano que vai durar muito ainda - declaram que algo mudou. O barulho das guerras, e o desemprego. A morte e a paternidade. A crise aérea e a corrupção. Os palestinos e os skinheads. A moda e a nudez. As contas e as compras. Ai que saudades.
Quem nunca colheu mangas ou repousou à sombra das bananeiras haverá de comprá-las agora. Escolher os melhores frutos e dá-los aos filhos; do suor recém descoberto, da labuta ainda em face aprendizagem. São novas tardes, raramente fagueiras; os céus continuam lindos, nas noites insones e as manhãs, mais curtas, nos despertam ainda cheios de manhas.
O mar é de ressaca, o céu um manto poluído, o mundo uma oportunidade dourada, e a vida um hino de amor – a ser entoado. E é preciso olhá-los com desvelo e ao futuro com simpatia.
E então quando em questionamento, nos surgir a dúvida sobre qual FOI o melhor ano de nossa vida, pensemos em 2008.
7 comentários:
O ano novo é uma mentira.
Hehe eu sei que é bom ter um novo começo e um pouco de esperança. É que o mau humor e o pessimismo que me movem, que fazem minha criatividade =)
Amei a frase final! :) O melhor ano da minha vida é, tem que ser, ESTE!
bjos
espero que seja um bom ano... =)
Sorry... o meu já começou uma bela porcaria. Mas acho que ainda tem tempo de melhorar... 355 dias devem ser suficientes para que ele possa se redimir, né?
Ah, que saudade da infância, Cronista. Concordo plenamente com a sua nostalgia. Que vontade de voltar pra lá, não? Quando problema era um brinquedo quebrado, e não dólares na cueca. Mas dizia Drummond que para fazer um ano novo que mereça assim ser chamado, devemos também merecê-lo. Fazê-lo novo. E é isso que fica. O eterno anseio de superação.
Fé e um pouco de humor...
sem isso é difícil prosseguir...
e "que esse ano seja melhor"
e que seja de verdade, não apenas um clichê de todos os demais...
Beijos
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