SOU HONESTO DEMAIS. Não que seja defeito, mas a possibilidade de estar em dívida com alguém, amigo ou inimigo que seja, me é uma imensa tortura. Pago sempre. Perturba-me agora saber que estou devendo a alguns; são centavos, mas ainda sim uma dívida. E pagarei. Odeio isso porque eu deveria ser com muitos: caloteiro! - que nunca me pagam.
NÃO PRATICO ESPORTE. A falta de músculos me incomoda. Desconhecer uma academia por dentro, ou como se chuta uma bola me faz angustiado. O sedentarismo me faz magro e só. E toda vez que vou comprar uma roupa íntima tenho de repensar essa condição: tenho de bombar!
LEIO DEMAIS. Eu gostaria de ter tempo de assistir TV. Nem sei se sou exigente, mas adoraria ter o prazer inocente de assistir Faustão e Gugu. Descobrir a delícia que as pessoas a minha volta desfrutam. Mas os livros não permitem. Sempre há letras demais na minha vida.
CANTO. Não deveria - eu sei, acompanhar as músicas enquanto são executadas. Pega mal, eu sei, mas insisto. Se eu tivesse algum senso musical ou mesmo uma voz compatível, creio que me perdoariam, mas todos me condenam. Mas um dia eu paro. Por mudez ou assassinado.
CRIO HISTÓRIAS. Às vezes é bom, deixar alguém perplexo, entre a verdade e a mentira. Mas na maioria das vezes é nocivo. Muitos acreditam até hoje que sou filho do Elvis e que fui abduzido uma vez. Eu mostrei cicatrizes e fotos, e fica chato desmentir depois....
NUNCA ME ENTUSIASMO. Algumas pessoas esperavam que eu desse pulos de alegria ou mesmo gritasse com o mundo. Mas o marasmo dessa existência curta me impede de ser inocente e entusiasta. Não sou apático. Mas quando uma mulher bonita me passa o telefone eu não compro uma aliança.
NÃO REPASSO CORRENTES. Sei que as crianças faturariam se eu repassasse o e-mail, e se eu considerasse realmente uma amizade, eu deveria ter o cuidado de devolver a mensagem, mas não. Reluto em ser o elo perdido, quebrado da corrente. Acaba ali, qualquer ilusão, qualquer expectativa, na minha caixa de entrada.
GASTO DEMAIS. E me arrependo. Mas tudo é caro nesse país. Eu podia aderir a pirataria e consumir tudo da China. Trajar-me com roupas feitas do Vietnã e freqüentar a 25 de março. Mas o dinheiro vale tão pouco, ainda mais quando se tem pouco! Mas que é a vida senão uma visita ao shopping!
SOU SOLÍCITO. Eu deveria ser vendedor: “PRESISA DE ALGO?” Sofri demais por ser bom, meio idiota. Ser amigo e leal, ajudar a estranhos e imerecidos. Mas fui cristão.
A décima coisa, vou deixar pra os que me conhecem, ou para os que me repelem, certamente há tantas moléstias que a lista não teria fim. Mas que seja assim. Como sempre eu soube ser.
Esse post é um atendimento – tardio- de minha estimada Li do http://canecadecha.blogspot.com/.
NÃO PRATICO ESPORTE. A falta de músculos me incomoda. Desconhecer uma academia por dentro, ou como se chuta uma bola me faz angustiado. O sedentarismo me faz magro e só. E toda vez que vou comprar uma roupa íntima tenho de repensar essa condição: tenho de bombar!
LEIO DEMAIS. Eu gostaria de ter tempo de assistir TV. Nem sei se sou exigente, mas adoraria ter o prazer inocente de assistir Faustão e Gugu. Descobrir a delícia que as pessoas a minha volta desfrutam. Mas os livros não permitem. Sempre há letras demais na minha vida.
CANTO. Não deveria - eu sei, acompanhar as músicas enquanto são executadas. Pega mal, eu sei, mas insisto. Se eu tivesse algum senso musical ou mesmo uma voz compatível, creio que me perdoariam, mas todos me condenam. Mas um dia eu paro. Por mudez ou assassinado.
CRIO HISTÓRIAS. Às vezes é bom, deixar alguém perplexo, entre a verdade e a mentira. Mas na maioria das vezes é nocivo. Muitos acreditam até hoje que sou filho do Elvis e que fui abduzido uma vez. Eu mostrei cicatrizes e fotos, e fica chato desmentir depois....
NUNCA ME ENTUSIASMO. Algumas pessoas esperavam que eu desse pulos de alegria ou mesmo gritasse com o mundo. Mas o marasmo dessa existência curta me impede de ser inocente e entusiasta. Não sou apático. Mas quando uma mulher bonita me passa o telefone eu não compro uma aliança.
NÃO REPASSO CORRENTES. Sei que as crianças faturariam se eu repassasse o e-mail, e se eu considerasse realmente uma amizade, eu deveria ter o cuidado de devolver a mensagem, mas não. Reluto em ser o elo perdido, quebrado da corrente. Acaba ali, qualquer ilusão, qualquer expectativa, na minha caixa de entrada.
GASTO DEMAIS. E me arrependo. Mas tudo é caro nesse país. Eu podia aderir a pirataria e consumir tudo da China. Trajar-me com roupas feitas do Vietnã e freqüentar a 25 de março. Mas o dinheiro vale tão pouco, ainda mais quando se tem pouco! Mas que é a vida senão uma visita ao shopping!
SOU SOLÍCITO. Eu deveria ser vendedor: “PRESISA DE ALGO?” Sofri demais por ser bom, meio idiota. Ser amigo e leal, ajudar a estranhos e imerecidos. Mas fui cristão.
A décima coisa, vou deixar pra os que me conhecem, ou para os que me repelem, certamente há tantas moléstias que a lista não teria fim. Mas que seja assim. Como sempre eu soube ser.
Esse post é um atendimento – tardio- de minha estimada Li do http://canecadecha.blogspot.com/.