domingo, 22 de julho de 2007

Feiras livres?


O acesso às feiras livres deveria ser restrito.
A começar pelos vendedores. Ninguém com mais de 80 decibéis de potência na voz deveria ser credenciado pra vender fruta nas feiras. Ninguém mais suporta os gritos estridentes de simpáticas senhoras e jovens sacanas, que enquanto vendem uvas tentam angariar algum caso extraconjugal. Nenhum feirante poderia trabalhar sem antes cursar um curso completo, reconhecido pelo MEC, de marketing e vendas. A atual conjuntura econômica da Indonésia força a essa situação. Frases de efeito, como, “Aqui é mais barato”; “Mulher bonita num paga, mas também num leva”; “A mandioca baixou, freguesa” não convence mais ninguém. Perderam o efeito. O único que causam é a desconfiança de que se está sendo passado pra trás. Por trás das bancas. As feiras deveriam adotar, como os shoppings adotaram, à contratação em massa de jovens belas e de corpos sensuais. Isso elevaria a qualidade dos melões e tubérculos e aumentaria em pelo menos 30% a freqüência de compradores, segundo estimativas.
Quanto aos compradores. Ninguém com mais de 150 kg deveria freqüentar uma feira. Idosos em estafa; mulheres portando crianças menores de 10 anos no colo; indivíduos que sobrevivam da mendicância, especialmente os que estacionam com cadeiras de roda; pessoas com alergia a pêras e que tenham sensibilidade a nectarinas. Ou os dois ao mesmo tempo. Certos fulanos, que rememoro com pesar, nunca deveriam conhecer uma feira por dentro. Tarados por bananas e viciados em especiarias orientais, por exemplo. Sujeitos que desconhecem a origem dos rabanetes e que nunca ouviram falar na atemóia. Que além de desconhecida, é uma fruta.
Por isso e por outros motivos que ainda culminarão na derrota do Brasil, ante o aquecimento global, é que insisto: o acesso às feiras deveria ser terminantemente restrito, senão abolido de vez!
Na Europa a prática desse tipo de feira está proibido desde o final da idade média, e deve ter uma razão para isso. Aqui, a feira deveria ser menos livre, a começar.

10 comentários:

Natália Nunes disse...

Se sua feira existisse, eu não seria freguesa dela haha.

Obrigada pela visita e pelo comentário.
;)

Natália Nunes disse...

é q eu gosto do caótico e do vil popular.

Anônimo disse...

Eu devo dizer que também tenho certa simpatia pelas feiras livres.Mas em alguns casos concordo contigo.

Grato pela visita e pelas considerações.

Parabéns pelo sítio.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Ahhh! Mas qual seria a razão de ser se não houvessem o tumulto e a falação das ditas "feiras livres"???
Concordo com a Natália, este tipo de "roteiro popular" por vezes me apetece...
Agradeço a visita e as palavras deixadas em meu espaço!
E parabéns pelo teu!!!
Gostei do que vi, li e senti. Voltarei!
Amenidades necessárias...
Abraços

R Lima disse...

Essa falação é que movimenta a feira.. e a conduz..

Imagina no Brasil uma feira em silêncio... não é Brasil..r.s.s



[ http://oavessodavida.blogspot.com/ ]

O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...

R Lima disse...

Nd contra sua feira... ah, e moro longe delas... (será por isso q o condeno?.r.ss.ss)

Silêncio de Chumbo disse...

todo barulho eh bem caracteristico das feiras! hehe

muito bom seu blog... parabens!

Pedro Galuchi disse...

Gostei do blog, mas discordo de você... Feira livre é um barato, mesmo quando ainda não é hora da xepa...

Feirante disse...

Este comércio já tem este nome, não é por acaso. Se voce não gosta do ambiente o que vc faz lá. Tenho certeza que mais da me4tade da população do Brasil inteiro não fica sem frquentar feiras, e saiba vc que nestes lugares existem feirantes com vários níveis de escolaridade, mas a escola mais interessante e o dia a dia com as donas de casa. Tenho certeza que minhas clientes estão satisfeitissimascom o nosso atendimento.Pratique voce também Feiraterapia.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK