do espanhol, “pequeno muro”
Do murilo que entre nós havia, uma muralha imensa se ergueu e sempre invencível. A princípio comecei contando as horas e depois os dias que logo se transformaram em semanas e em meses. Agora não conto mais nada, nem mesmo com a esperança.
Já pensei em te beijar e então partir; em fugir e então voltar. Já pensei gritar-lhe o nome e me esconder; te xingar e me arrepender. Já considerei o fato de nunca ver-te, de ter-lhe, por uns tempos, por uns braços; de negar-lhe, de ceder-lhe. Já pensei na existência, decadência, no amor e na solidão. Já pensei que poderia amar e ser amado, por um dia nesta vida. Já pensei em buscar-lhe e esquecer; em me entregar e me esquecer. Agora não penso mais nada.